Novo medicamento pode retardar Alzheimer
Revelação foi feita nos EUA
O medicamento é um anticorpo monoclonal que tem a capacidade de impedir o desenvolvimento das placas de proteínas beta-amilóide que se formam no cérebro e dão origem à doença de Alzheimer.
Este fármaco consegue, assim, manter os neurónios vivos durante mais tempo e atacam as proteínas deformadas – as amilóides – que se vão acumulando no cérebro quando a doença é desenvolvida, criando uma espécie de placa, e provocam a morte das células.
No entanto, não é a primeira vez que o Solanezumab é testado em pacientes com Alzheimer. Numa primeira fase, em 2012, realizaram-se os primeiros testes ao medicamento, mas sem sucesso, uma vez que era administrado em pacientes que já se encontravam numa fase avançada da doença.
Quando, mais tarde, o laboratório farmacêutico Eli Lilly analisou os dados com mais atenção e voltou a associar o fármaco à doença, descobriu-se que pode ser eficaz quando este tipo de demência está em fase inicial.
Este será o primeiro tratamento capaz de impedir o avanço da doença neurológica degenerativa, desde que detectada precocemente.
O estudo levado a cabo pelo laboratório farmacêutico teve destaque num editorial publicado, em 2014, no New England Journal of Medicine.