OMS declara fim da pandemia
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da pandemia de gripe suína, pouco mais de um ano depois do primeiro surto da doença pelo mundo. Mas, se a ameaça acabou, entre as principais vítimas está a credibilidade da OMS.
O vírus abriu a pior crise na história da entidade. Dentro da organização ligada à ONU, o temor é de que suas recomendações em outras áreas também sejam afetadas pela imagem arranhada. Em junho de 2009, a entidade havia declarado que o vírus da gripe havia saído do controle, exigindo a mobilização de governos em todo o mundo e recomendando gastos milionários para a compra de vacinas e antivirais. Pela primeira vez, a OMS declarou que o vírus H1N1, causador da doença, havia atingido o nível máximo em sua escala de alerta e o principal problema foi justamente esse: declarar alerta máximo para uma doença que matou menos (18,4 mil mortes registradas no mundo) que a gripe sazonal.
A diretora da OMS, Margaret Chan,chegou a ser acusada de favorecer a indústria farmacêutica com o alerta, criando um pânico desnecessário. O termômetro das críticas subiu quando, em alguns países europeus, milhões de doses de vacinas compradas pelos governos se acumularam nos estoques. Seis meses depois de declarar a pandemia, nem Chanha via ainda tomado a vacina.
Ontem, um comitê técnico da entidade se reuniu e concluiu que o vírus voltou a ter um comportamento equivalente a outros vírus da gripe que surgem sazonalmente. Além disso, o ritmo de transmissão foi freado. José Gomes Temporão reforça importância da vacinação.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reforça as recomendações da OMS e destaca a vacinação recorde realizada no Brasil. Fizemos um imenso esforço conjunto e conseguimos vacinar, em apenas três meses, 88 milhões de pessoas. Isso nos permite ter todos os índices de gripe em queda e a demanda por atendimento médico por doenças respiratórias está menor que o esperado para esta