Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

Palestra apresentou principais tipos de falsificação de medicamentos

Farmacêutica Mônica Hattori orientou participantes quanto as alterações mais comuns

A falsificação de medicamentos aumenta a cada dia e quem pratica este crime, não tem qualquer preocupação ou cuidado com quem poderá consumir um remédio falso, principalmente os danos à saúde.

Foi a partir desse foco que a farmacêutica – Especialista de Proteção ao Produto Lilly, Mônica Hattori, ministrou sua palestra durante o workshop Combate aos Medicamentos Irregulares. A palestra foi dividida em duas ocasiões: a parte teórica, ministrada no dia 30 e a parte prática, com a apresentação de medicamentos falsos, foi ministrada no dia 01 de outubro.

A palestrante ressaltou os riscos dos produtos falsificados, fabricados sem qualquer tipo de cuidado, apresentando ausência do princípio ativo do remédio, ausência de limpeza e controle sanitário, assim como falta de controle de qualidade e validação dos órgãos regulatórios.

Na fabricação desses medicamentos, já foram constatados absurdos como comprimidos pintados com tinta de parede ou cera para chão, alerta a farmacêutica.

Para dificultar a prática, as indústrias farmacêuticas investem cada dia mais em embalagens diferenciadas, com dispositivos de segurança, como etiquetas que mudam de cor conforme o manuseio da caixa ou a marca de tinta reagente que apresenta a marca da fábrica ao ser raspada com objetos metálicos, como moedas, por exemplo.

Mas Mônica ressalta que no Brasil, a população ainda não sabe identificar os produtos falsos, apontando que 78% das pessoas sequer procuram identificar os agentes de segurança das embalagens e apenas 22% se preocupa em verificar esses itens.

é importante, tanto os profissionais, quanto a população, analisar o medicamento para não correr o risco de ter em mão um produto falso. Por mais que as empresas invistam na segurança, novas práticas criminosas surgem diariamente, como o mercado paralelo de compra das cartelas originais vazias, para assim, reutilizá-las para embalar comprimidos falsos.

Durante a parte prática do treinamento, a farmacêutica apresentou alguns dos medicamentos mais falsificados, o Cialis, utilizado para disfunção erétil. Com exemplos de cópias muito artesanais e outras que se quase não apresentavam diferença do medicamento original, a palestrante mostrou cada detalhe que deve ser observado, da embalagem ao comprimido, para assim, combater a venda e utilização destes produtos.

A palestrante finalizou sua participação, defendendo a atualização das universidades e maior exploração do tema para alertar os acadêmicos de farmácia.

Os novos profissionais estão muito expostos e precisam ser melhor preparados. A área acadêmica deve ser formada para esse tipo de situação, tem que saber o grau de responsabilidade do trabalho em uma farmácia, complementa.