Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

Pesquisadores testam novos produtos para prevenção do HIV

No ano passado, a notícia mais quente em relação à Aids foi o sucesso parcial, em testes clínicos realizados na áfrica do Sul, de um microbicida-gel que as mulheres podem colocar na vagina para matar o vírus antes que ele possa infectá-las. Embora o gel tenha oferecido apenas cerca de 40% de proteção contra o vírus HIV, ele foi a primeira forma de proteção que as mulheres poderiam usar sem o conhecimento do homem, o que é crucial, pois muitos homens no mundo todo simplesmente se recusam às vezes de forma violenta a usar camisinha quando fazem sexo com suas esposas ou namoradas. Outros testes clínicos reportarão seus resultados em 2011 e 2012 e, se tudo correr bem, os pesquisadores esperam ter um ou dois produtos prontos para entrar no mercado até 2013. No entanto, o primeiro pode não ser um gel. Segundo Mitchell Warren, diretor executivo da AVAC, grupo para a prevenção da Aids, nos próximos meses "veremos uma cascata de resultados" de testes do que chamamos de "profilaxia oral pré-exposição". Neles, homens e mulheres que não estão infectados pelo vírus da Aids, mas que regularmente fazem sexo de alto risco, como sexo anal sem camisinha ou sexo por dinheiro com estranhos, tomam uma dose diária de uma das duas drogas anti-retrovirais normalmente tomadas por pessoas infectadas. Se muito menos desses indivíduos se infectarem em relação aos participantes que tomam placebo, um segundo grande marco será alcançado. Se isso acontecer, autoridades regulatórias podem aprovar as pílulas mais rapidamente que o gel, pois já se provou que são seguras e eficazes para o tratamento. Para um futuro um pouco mais distante, outro método está sendo testado para uma possível produção até 2015. No próximo ano, será iniciado um teste de anel vaginal contendo uma nova droga anti-retroviral, dapivirine. Essa droga nunca foi aprovada como pílula, pois o corpo não consegue absorvê-la bem, mas o medicamento pode se acumular no tecido vaginal. Além disso, a droga é tão concentrada que o equivalente a um mês de uso cabe num anel que libera uma pequena quantidade todos os dias.