Programa “Falando Francamente” aborda sobre assistência ao diabético no Brasil
Segundo especialista, atualmente existem serviços de excelência no país, mas a maioria dos diagnosticados rejeitam a doença
Ele contou que uma pessoa pode desenvolver a doença a partir de carga genética ou costumes errados, como lanches rápidos e salgadinhos, por exemplo. Esses hábitos podem levar o indivíduo à obesidade e esta, por sua vez, é um dos fatores que levam ao desenvolvimento da diabetes.
Segundo Wesley Magno, infelizmente, no Brasil, a preocupação com a medicina preventiva praticamente não existe. As pessoas só procuram assistência especializada quando a doença já está instalada. “As pessoas só vão ao médico para cuidar de outro problema. E aí, no exame, acabam descobrindo que estão diabéticos também”, comenta.
Além disso, mesmo depois que descobrem a doença, os diagnosticados a rejeitam, porque a diabetes pede uma certa renúncia, mudança de vida, de hábitos alimentares. É preciso ter uma alimentação saudável, fazer exercícios e as pessoas têm medo de usar a insulina. Porém, segundo o farmacêutico, as insulinas hoje estão modernas, provocam uma grande melhoria de qualidade de vida, não viciam, não doem (desde que seja usada a agulha correta), não engordam e não provocam nenhuma complicação.
O especialista alertou para os sintomas da diabetes, como muita sede, infecção de repetição, como a infecção vaginal, dores nas pernas, formigamentos nos pés, visão turva e perda de peso inexplicável. Para a prevenção, é preciso cuidar da saúde, com uma alimentação saudável, fazer exercícios e manter o peso adequado.
Em relação à assistência ao diabético, Wesley Magno contou que hoje, no Brasil, existem serviços de excelência. O SUS garante o diagnóstico e os medicamentos. Existe também a Farmácia Popular, as farmácias básicas nos municípios, que são fundamentais nos cuidados com a diabetes.
O farmacêutico comentou, ainda, que sempre lembra aos seus pacientes que eles têm toda a ferramenta para o cuidado. Tudo está disponível. O que precisa é que o paciente se cuide. Primeiro, trabalhar a aceitação da doença e depois se cuidar. Além da assistência do governo, por meio do SUS, existem as academias ao ar livre e as escolas trabalham o assunto junto com as crianças e adolescentes.
Além disso, ele destacou que estudos provam que a cada cinco minutos surge um novo caso de diabetes no planeta. São 350 milhões de pessoas com diabetes no planeta e, no Brasil, o número alcança 13 milhões de diagnosticados.