Proibição do uso de termômetros e esfigmomanômetros com coluna de mercúrio
Orientação conjunta do Ministério da Saúde e Anvisa
As Unidades de Saúde que ainda tenham termômetros e esfigmomanômetros com coluna de mercúrio deverão:
• recolher, proteger e armazenar estes produtos em local seguro no almoxarifado da unidade, em recipientes que protejam os equipamentos de eventuais quebras;
• documentar o quantitativo recolhido e armazenado e informar à Secretaria Municipal de Saúde;
• aguardar orientações posteriores sobre a logística de recolhimento e transporte destes equipamentos aos locais apropriados para destinação final adequada.
Se por ventura houver quebra acidental de algum termômetro ou esfigmomanômetro de coluna de mercúrio, a Unidade de Saúde deverá seguir as disposições da Resolução ANVISA RDC nº 222/2018
(http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/3427425/%282%29RDC_222_2018_.pdf/ 679fc9a2-21ca-450f-a6cd-6a6c1cb7bd0b) que regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências.
A proibição estabelecida na Resolução ANVISA RDC nº 145/2017 não se aplica aos produtos para pesquisa e para calibração de instrumentos ou uso como padrão de referência. Assim, os Serviços de Saúde que possuírem medidores de pressão ou termômetros de coluna de mercúrio utilizados como padrão de referência para calibração interna de outros equipamentos dos serviços de saúde, deverão identificar estes produtos com etiqueta com os dizeres: “Produto utilizado como padrão de referência para calibração”.
O uso residencial dos termômetros de mercúrio não está proibido pela Resolução ANVISA RDC nº 145/2017. Assim, os usuários residenciais poderão continuar utilizando normalmente os termômetros com o devido cuidado no armazenamento e na manipulação para que não ocorra a quebra do invólucro de vidro.
Caso o usuário residencial deseje se desfazer do termômetro de mercúrio, este deverá mantê-los provisoriamente em casa até a divulgação pelo Ministério da Saúde e Anvisa dos pontos de recolhimento de termômetros de mercúrio.
Observação: Se o termômetro estiver em boas condições (íntegro) não há problema à saúde. O problema ocorre quando o termômetro cai e seu invólucro de vidro quebra e expõe o mercúrio ao ambiente externo e ao usuário, podendo causar intoxicação e problemas neurológicos.
Apesar da quantidade de mercúrio presente em um termômetro de uso residencial ser pequena, em caso de quebra é importante tomar as seguintes precauções:
• Isole o local e não permita que crianças brinquem com as bolinhas de mercúrio.
• Abra as janelas do ambiente para arejá-lo.
• Caso disponha de luvas em casa, utilize-as e recolha com cuidado os restos de vidro em toalha de papel e coloque em recipiente resistente à ruptura, para evitar ferimento.
• Localize as “bolinhas” de mercúrio e junte-as com cuidado, utilizando um papel cartão ou similar, evitando contato da pele com o mercúrio. Recolha as gotas de mercúrio com uma seringa sem agulha. As gotas menores podem ser recolhidas com uma fita adesiva.
• Transfira o mercúrio recolhido para um recipiente de plástico duro e resistente ou vidro, coloque água até cobrir completamente o mercúrio a fim de minimizar a formação de vapores de mercúrio, e feche o recipiente.
• Identifique/rotule o recipiente, escrevendo na parte externa “Resíduos tóxicos contendo mercúrio”.
• Não use aspirador, pois isso vai acelerar a evaporação do mercúrio, assim como contaminar outros resíduos contidos no aspirador.
• Os materiais utilizados durante o procedimento, como luvas e seringas, também deverão ser acondicionados em embalagens rotuladas e não devem ser descartadas em lixo comum.
• Mantenha as embalagens em casa em local seguro até a divulgação pelo Ministério da Saúde e Anvisa dos pontos de recolhimento de termômetros de mercúrio.