Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

Ronaldo Abrão palestra para alunos do curso de farmácia da UFMS

O presidente do Conselho Regional de Farmácia em Mato Grosso do Sul – CRF/MS, Ronaldo Abrão, foi convidado pela Professora Maria Teresa Monreal para proferir palestra aos acadêmicos do primeiro semestre de Farmácia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS, pela disciplina Introdução à Ciência Farmacêutica. Cerca de 50 alunos, assistiram atentamente a palestra, fazendo anotações e esclarecendo dúvidas. Para a professora Universitária Maria Teresa, essa é uma excelente oportunidade para que esses acadêmicos possam ter contato com a realidade da profissão, desde os primeiros instantes do curso. Já para Ronaldo Abrão, o convite vai ao encontro de uma das principais propostas da atual diretoria: aproximar o Conselho das Universidades e dos acadêmicos. Segundo o presidente do Conselho a atual geração de estudantes representa uma esperança para os CRF’s. Os estudantes da atualidade serão futuros profissionais sem vícios antigos, que acabam por comprometer o desempenho ético do profissional. CRF ATUANTE, PROFISSIONAL FORTE Ronaldo Abrão começou sua palestra explicando aos universitários como e quando se deu a criação dos Conselhos, quais as suas funções e ainda a estrutura existente no CRF em Mato Grosso do Sul, ressaltando a importância da ação de fiscalização, os critérios cobrados pela legislação através dos fiscais e as possíveis punições. Aqui no Estado, o número de processos éticos aumentou bastante com as intensas fiscalizações, o que, ao contrário do que possa parecer, é muito bom para o profissional. Especialmente para o bom profissional. Isso porque as ações desencadearam uma maior presença do profissional, reconhecimento destes pela população e uma busca desesperada, dos proprietários de farmácias, pelo farmacêutico.. Em seguida, esclareceu quanto a diversidade de áreas de atuação existentes dentro da profissão e aproveitou para alertar os acadêmicos quanto a disputa de mercado gerada a partir da atuação de profissionais de outras áreas de saúde nas funções desempenhadas antes, apenas por farmacêuticos. Existem algumas atribuições que só podem ser desempenhadas por profissionais de farmácia, e a atuação de outros profissionais, não só restringe o mercado, mas também oferecem riscos à comunidade, usuária dos serviços de saúde, ressaltou Abrão. PISO SALARIAL Ao ser questionado sobre valores de piso salarial, Ronaldo esclareceu que, atualmente, o piso salarial do profissional farmacêutico é de R$ 980,00, acrescido de R$ 3,20 por hora trabalhada, com ganhos que podem chegar a até R$ 1.700,00. Porém, fez questão de enfatizar que a questão salarial é uma das atribuições do Sindicato dos Farmacêuticos, parceiro do Conselho no fortalecimento da categoria. RESPONSABILIDADES Os acadêmicos ainda fizeram perguntas sobre carga horária, anuidade, inscrição no Conselho e responsabilidades do profissional farmacêutico. E mostraram bastante preocupação em relação a determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – a Anvisa, que prevê a dispensação de antibióticos apenas com receita médica. Entusiasmado com o envolvimento dos jovens estudantes no tema, Ronaldo fez uma breve explanação sobre a formação da superbactéria, o que entre outros motivos levou a Anvisa a adotar tal medida. E aproveitou para exemplificar aos acadêmicos, as implicações de um medicamento sem prescrição médica. São duas as principais implicações para o profissional farmacêutico: a primeira é colocar vidas em risco, com a dispensação sem prescrição médica, e a segunda, é exercer ilegalmente a profissão de médico, ao receitar medicamentos.