Saúde no combate à pobreza extrema
Apontado como meta primordial do governo por Dilma Rousseff, o combate à miséria integrará todos os ministérios
O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse no início desta semana que o primeiro escalão já foi informado sobre a prioridade. Padilha também declarou que seu ministério terá papel fundamental nesse trabalho. "Não existe Bolsa Família sem a rede de proteção social da saúde. Temos um papel importantíssimo de inclusão".
Segundo o jornal Gazeta do Povo, o ministro afirmou que uma das suas primeiras missões será negociar com o Congresso a votação da Emenda 29, que regulamenta os porcentuais que devem ser gastos por municípios, estados e União com saúde. Ele não quis se pronunciar, porém, sobre a criação de um novo imposto, nos moldes da extinta CPMF.
Segundo Padilha, Dilma acompanhará "de perto" todas as decisões da pasta. Ele falou ainda que a área passará por "mudanças profundas" e que trabalhará com metas que vão envolver melhorias na relação com estados e municípios. "Precisamos aproveitar essa grande expectativa que a população brasileira tem demonstrado com o novo governo para realizar essas reformas."
Padilha também prometeu dedicação especial ao Sistema Único de Saúde (SUS). A própria Dilma disse, durante discurso no Congresso, que "quer ser a presidente que consolidou o SUS". "O SUS deve ter como meta a solução real do problema que atinge a pessoa que o procura, com uso de todos os instrumentos de diagnóstico e tratamento disponíveis, tornando os medicamentos acessíveis a todos, além de fortalecer as políticas de prevenção e promoção da saúde."
Diante das declarações do ministro, o Presidente do CRF/MS Ronaldo Abrão, afirmou que espera ver o investimento na saúde diferente da velha regra da compra de ambulâncias, construção de postos de saúde e contratação de médicos.
A saúde é bem mais do que isto, é preciso realmente investir na atenção básica em todos os níveis e de forma multiprofissional, ressaltou.
Ronaldo ainda acrescentou que fortalecer as políticas de prevenção e promoção da saúde passa pela revolução na assistência farmacêutica, pois o papel do farmacêutico na atenção básica significa além da melhoria da saúde da população, redução de custos e o uso racional do medicamento não pode vir desacompanhado do profissional e da atenção farmacêutica.
CRF/MS com informações do Jornal Gazeta do Povo