Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

Surtos de superbactérias desafiam médicos brasileiros

Inimigos invisíveis a olho nu, mas mortais para pacientes vulneráveis internados em hospitais do mundo todo, as superbactérias desafiam os médicos. Ao se modificarem conforme o ataque que recebem, tornam a batalha para destruí-las cada vez mais difícil para os cientistas. A superbactéria KPC (klebsiella penumoniae carbapenemase), que reapareceu recentemente em forma de surtos espalhados por vários Estados brasileiros, é um exemplo dessa dificuldade. Ao longo de anos de confronto com remédios, essa bactéria conseguiu alterar o próprio código genético, desenvolvendo resistência a praticamente todos os antibióticos que estão no mercado. Esse tipo de superbactéria apareceu há cerca de uma década, nos Estados Unidos. O micro-organismo atua sempre dentro dos hospitais e não há registros de casos nas comunidades. No Brasil, os primeiros relatos de infecções ocorreram em 2009 e 2010, principalmente entre pacientes graves e em terapia intensiva. Os antibióticos têm 60 anos de utilização. A penicilina, por exemplo, foi usada clinicamente na década de 40 na Segunda Guerra. As bactérias estão há milhões de anos nessa competição de sobrevivência.