Conselho Regional de Farmácia

De Mato Grosso do Sul

USP cria nova droga contra melanoma

Um novo medicamento, associado à terapia fotodinâmica, com laser, foi desenvolvido pela USP para tratar melanoma de forma menos agressiva. Esse tipo de câncer de pele é grave e tem maior possibilidade de causar metástase do que o não melanoma. No estudo, a droga conseguiu matar mais de 90% das células malignas. O tratamento pode ser aliado aos procedimentos já existentes, como a cirurgia. Dependendo do caso, rádio, químio ou imunoterapia podem ser necessárias. A terapia fotodinâmica já é usada para tratar tumores não melanomas pequenos e superficiais, menos graves, com bons resultados. O laser também é usado em tratamentos de pele, para acne e rejuvenescimento. A técnica destrói as células doentes de forma seletiva, é menos invasiva e reduz o risco de cicatrizes. No tratamento, a droga fotossensibilizante é aplicada no tumor, que é exposto a uma luz específica. Agora, o trabalho de doutorado da farmacêutica Paula Aboud Barbugli, na USP de Ribeirão Preto, aponta que o tratamento também pode ser eficaz nesse tipo de câncer mais severo. A formulação foi feita com o princípio ativo ftalocianina de cloroalumínio e pode ser injetada na veia do paciente ou aplicada em forma de creme ou gel sobre o melanoma. Com a irradiação, ocorrem reações bioquímicas que produzem espécies reativas do oxigênio, que matam as células tumorais.