Vacina contra HPV pode ser incluída no programa nacional de vacinação
O Ministério da Saúde discute uma eventual recomendação para a inclusão da vacina contra o HPV (papilomavírus humano) no programa nacional de vacinação. Mas há dúvida se devem ser vacinadas apenas mulheres ou, então, mulheres e homens.
Ainda há controvérsia em torno da melhor relação custo-benefício na vacinação apenas de mulheres e na vacinação com mulheres e homens. Penso que, se ampliássemos a vacinação, iríamos acelerar a diminuição da doença. Não há motivos para atrasar um processo que trará benefícios para a humanidade – defende Luisa Lina Villa, coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do HPV.
Formado por um grupo de mais de cem tipos, o HPV é sexualmente transmissíveis, mas, na maioria das vezes, a infecção é transitória e desaparece sem deixar vestígios. Porém, sua capacidade cancerígena preocupa especialistas.
Se eliminarmos a maior parte dos tipos de alto risco, vamos caminhar para a diminuição ou mesmo erradicação das doenças ligadas ao HPV – prevê Luisa Lina Villa.
Em 2006, uma vacina quadrivalente recombinante contra o papilomavírus humano – que estimula a produção de anticorpos específicos para os tipos 6,11,16,18, sendo os dois primeiros de baixo risco – foi a primeira a ser liberada.
Dois anos depois, entrou em cena a vacina bivalente, que protege contra os tipos mais agressivos do vírus. Em mais de 40 países optou-se por fazer uso do imunizante em programas de vacinação. Em outros, incluindo o Brasil, esse tipo de programa ainda não foi adotado, o que deverá ocorrer em breve.