"Todo o sistema é difícil de implementar", admitiu Ana Jorge em entrevista. Ela acrescentou que "o que tem sido feito é a redução do tamanho das embalagens". Segundo a governante, o Executivo está "a aprofundar a possibilidade de alguns medicamentos, que são tomados pelos doentes pela chamada dor aguda, poder ser feita em unidose". "No entanto, todo o sistema tem que ser montado para a desfragmentação das embalagens", esclareceu a ministra da Saúde que considerou ainda que a distribuição de medicamentos em unidose "é mais cara para o utente e para o Estado". Ana Jorge recordou "que a venda de medicamentos em unidose deixou de ser uma prática em países onde teve utilização, como o Reino Unido. E em Espanha, a medida foi chumbada após um período experimental". A lei que autoriza a venda de medicamentos em unidose nas farmácias de oficina e nas instaladas nos hospitais públicos, entrou em vigor a sete de Julho de 2009, mas, segundo a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), ainda nenhuma farmácia mostrou interesse em aderir à dispensa unitária de medicamento.