Venda de remédios falsificados pode chegar a US$ 60 bilhões
De acordo com o último levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), a venda de produtos falsificados no mundo provocou um prejuízo fiscal de US$ 35 bilhões no ano passado. Esse valor pode ser elevado para US$ 60 bilhões em 2010, segundo estimativas. A venda de remédios no Brasil movimentou cerca de R$ 30 bilhões em 2009.
De acordo com informações do Valor Econômico, Jay Crowley, consultor sênior do FDA (Food and Drugs Adminstration), órgão regulador dos Estados Unidos, afirmou que há discussões sobre implementação de programas em vários países para combater a comercialização de medicamentos falsos.
Entre os remédios mais falsificados do mundo estão o Viagra, da Pfizer, e o Cialis, da Eli Lilly, que combatem disfunção erétil. No Brasil, esses medicamentos costumam ser contrabandeados pela fronteira, sobretudo do Paraguai. Desde abril do ano passado, a Pfizer passou a adotar embalagem diferenciada para tentar inibir a falsificação da famosa pílula azul. No Reino Unido, apenas uma em cada 10 pílulas azuis apreendidas costuma ser original. No Brasil, a Pfizer fatura cerca de R$ 170 milhões com a venda do Viagra. No mundo, atinge US$ 1,9 bilhão.
Uma pesquisa encomendada pela Pfizer em 14 países da Europa indica que o mercado negro de medicamentos pode atingir cerca de € 10 bilhões por ano. No Brasil, a estimativa, sem base de dados em pesquisas, pode atingir entre 10% e 15% da receita total com a venda de medicamentos (de um total R$ 30 bilhões), de acordo com fontes do setor.